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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Afundado em escândalos e vivendo dias difíceis em queda livre, DEM pode fundir-se ao PSDB



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Afundado em escândalos e vivendo dias difíceis em queda livre, DEM pode fundir-se ao PSDB

19/04/2012 11h12

Divulgação
Segundo Duarte Nogueira, a discussão de uma fusão entre o PSDB e o DEM se dará das eleições municipais
Segundo Duarte Nogueira, a discussão de uma fusão entre o PSDB e o DEM se dará das eleições municipais
Da Redação

Em setembro de 2010, o então presidente Lula aproveitou o escândalo de corrupção do governo do Distrito Federal, que ficou conhecido como “mensalão do DEM”, para pregar a extinção do partido. A declaração foi feita em comício de campanha da então candidata Dilma Rousseff em Joinville (SC).

Cerca de sete meses antes, o ex-governador do DF José Roberto Arruda, um dos principais nomes da legenda, era preso pela Polícia Federal em Brasília, e em seguida deposto do comando do Governo. Era um duro golpe no partido. Arruda estava então cotado para ser o candidato a vice na chapa de José Serra, do PSDB, ou mesmo para tornar-se presidenciável.

Depois que Arruda desceu pelo ralo, um novo golpe veio com a criação do PSD de Gilberto Kassab, que tomou do partido 16 deputados e dois senadores. Agora, o DEM perde Demóstenes, que liderava o partido no Senado e era cogitado em algumas conversas como uma futura aposta do partido para a disputa da Presidência.

Como um castelo de cartas, o DEM desmorona e parece confirmar o vaticínio de Lula.

Perdas

Desde a morte do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (BA) e da aposentadoria do ex-senador Jorge Bornhausen (SC), o DEM míngua a olhos vistos. Só para citar um número, em 2006 o partido tinha a maior bancada no Senado – 18 senadores. Agora, com a saída de Demóstenes, os senadores do DEM são apenas quatro.

O partido que nasceu como dissidência do PDS – o partido que dava sustentação à ditadura militar – para apoiar a eleição de Tancredo Neves resolveu mudar de nome em 2006, quando era presidido pelo deputado Rodrigo Maia (RJ). Tornou-se o DEM. Virou alvo fácil da provocação dos adversários, que passaram a chamar seus integrantes de “demos”.

Caso Demóstenes 

O caso Demóstenes é o mais duro golpe sofrido pelo DEM. Segundo as investigações da Polícia Federal na Operação Monte Carlo, o senador goiano era um dos beneficiários e facilitadores, nos círculos do poder, do grupo criminoso de Carlinhos Cachoeira.

Apesar de tudo isso, o presidente nacional e atual líder do DEM no Senado, José Agripino, tenta fazer do limão uma limonada. Para ele, o partido sai fortalecido, porque não demorou a expulsar de seus quadros Demóstenes Torres.

Segundo Agripino, a orientação da cúpula é “cortar na carne” os integrantes considerados fisiologistas, com o discurso de que é melhor manter o partido coeso do que acomodar partidários do “toma-lá-dá-cá”.
No dia em que anunciou processo de expulsão de Demóstenes, Agripino disse que “o Brasil todo reconheceu” a atuação parlamentar de Demóstenes, até que sua outra face foi descoberta.

Fusão com o PSDB

Nos bastidores, alguns parlamentares dizem acreditar que a saída para o DEM, um partido conservador de centro-direita, é a fusão com o PSDB. Essa tese é defendida abertamente pelo ex-líder do PSDB na Câmara Duarte Nogueira. Segundo ele, essa será uma discussão a ser feita após as eleições municipais deste ano. “A fusão continua em aberto, e essa questão vai voltar a ser discutida no término das eleições municipais, quando cada partido fará um balanço do resultado obtido nas eleições municipais. Pessoalmente, vejo com muito entusiasmo essa possibilidade”, disse o tucano à reportagem.

Para Duarte Nogueira, tudo dependerá do resultado que vier a ser obtido nas eleições. “Acredito que o DEM, ao encerrar essas eleições, fará um balanço do que o partido projeta, potencialmente, para as eleições de 2014. Dependo das estratégias do partido, eles vão decidir se caminham sozinhos ou se podem tender a uma fusão”, avalia. (Com informações do Congresso em Foco)

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