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sexta-feira, 13 de abril de 2012

BONIFÁCIO O IDIOTA FALASTRÃO


Sobre princípios que não devem ser esquecidos

As declarações do deputado José Bonifácio(PR) na tribuna da Assembléia Legislativa, podem ter tido a intenção de despertar através da ironia, alguma reação de outros pré-candidatos a prefeito de Palmas, mas foram discriminatórias ao extremo contra o empresário Carlos Amastha. E estão dando o que falar entre as pessoas dotadas com um mínimo de bom senso e avessas à agressões - gratuitas ou não - aos direitos mínimos do cidadão.
Roberta Tum 
Lourenço BonifácioEmpresário e pré-candidato a prefeito Carlos Amastha (PP)
Empresário e pré-candidato a prefeito Carlos Amastha (PP)
Bonifácio usou a palavra para alertar sobre o perigo de uma “invasão estrangeira”, diante da já sabida intenção do empresário colombiano, naturalizado brasileiro de disputar as eleições na capital, Palmas.
O que motivou o deputado a entrar no assunto foi a exposição em outdoor na cidade do resultado de uma enquete, que traz Amastha em posição privilegiada diante dos possíveis adversários. Aliás na frente como nunca visto em qualquer pesquisa de opinião ou intenção de voto dentre as que foram divulgadas até aqui envolvendo pré-candidatos à prefeitura de Palmas.
Sou avessa à enquetes, pela sua fragilidade e possibilidade de manipulação. Por isto na mudança que fiz do antigo Blog da Tum para nossa página atual, mudei o projeto e retirei as enquetes da programação. A enquete em questão – que foi parar nas avenidas - agride a inteligência de quem acompanha o processo eleitoral em Palmas, e pode facilmente ser identificada como uma peça de propaganda. Mas não é este o caso em discussão aqui.
Argumentos errados reforçam preconceito
O problema do argumento do deputado é o preconceito, a forte carga de discriminação evidentes em sua fala: "Será que se juntarmos todos os deputados não chegamos perto do Colombiano?" perguntou. A impressão que dá é que a sociedade tocantinense evoluiu mais do que uma boa parte dos parlamentares investidos em mandatos naquela Casa de Leis.
Não estou generalizando, mas observando o caráter corporativista da Assembléia Legislativa tocantinense. Ali, ninguém tem se arriscado a ficar contra um colega de parlamento, quando se trata de defender princípios.
Em qualquer parlamento mais amadurecido não existe esta conivência. Ao que parece, os deputados têm medo de se indispor entre si, e por isso fazem “ouvidos moucos” a agressões das mais variadas aos direitos humanos e direitos do cidadão.
Foi o que aconteceu agora com Carlos Amastha. Não interessa se a Assembléia abriga quatro pré-candidatos a prefeito da capital. Não interessa se ele é do PP. Não interessa se ele é pré-candidato a prefeito contra esta ou aquela agremiação. Trata-se de uma questão de princípios. Estas que deveriam estar acima de qualquer corporativismo parlamentar.
Entendo que a classe política, especialmente no legislativo, tem sido alvo de ataques e generalizações que terminam provocando esta espécie de auto-proteção. Mas é um atraso.
Sou das que ainda acredita nas pessoas. Sou das que defende que enquanto existirem cidadãos honestos, cumpridores dos seus deveres, existirão da mesma forma políticos honestos e cumpridores dos seus deveres.
Não generalizo para criticar. Só lamento que nesta legislatura ataques graves a pessoas continuem acontecendo, provocados pela ignorância de uns, consentida pela complacência e cumplicidade dos que se calam.
Mais uma triste página da história foi registrada naquela Casa. Um ataque a um cidadão brasileiro, na intenção de diminuí-lo. Brasileiro por escolha, diga-se de passagem. Como muitos de nós somos tocantinenses por escolha.
Este é um Estado de muitos “imigrantes”. Este é um País que abrigou muitos estrangeiros. Por tudo isto, discriminação é algo repugnante, em todas as suas formas. Um ato que cada vez que é repetido nos constrange e envergonha.

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