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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Com um olho no peixe e outro no gato, partidos fazem a matemática das proporcionais que elegem vereadores


Com um olho no peixe e outro no gato, partidos fazem a matemática das proporcionais que elegem vereadores

Definir o apoio ao candidato ou candidata majoritária na disputa deste ano não é a única preocupação de presidentes de pequenos, médios e grandes partidos. Eleger vereadores é um imperativo para a manutenção ou conquista de um espaço na futura gestão, e para muitos, uma questão de sobrevivência no cenário político.
Roberta Tum 
Sherlyton RibeiroAbertura de 19 vagas para vereador na próxima eleição na capital aumenta chances dos novos nomes
Abertura de 19 vagas para vereador na próxima eleição na capital aumenta chances dos novos nomes
É por estas e outras que a esta altura da pré-campanha tem muita gente fazendo contas e estudando estratégias mais importantes até do que garantir por exemplo, uma vaga de vice.
A pré-campanha entra no próximo mês num período crucial para que os partidos garantam sua representatividade o ano que vem no legislativo municipal, não só na capital, mas nos maiores colégios eleitorais do Estado.
O perfil da disputa eleitoral nos grandes centros é bem diferente do que acontece nas pequenas cidades, onde um vereador se elege com quantidade menor de votos, e se for bem articulado acaba garantindo na própria família os votos necessários para garantir um salário de R$ 1.700,00, que é a média salarial de um representante do povo nas câmaras municipais.
Na capital e grandes colégios (Araguaína, Gurupi, Colinas, Guaraí, Dianópolis, Araguatins, Tocantinópolis, Porto Nacional, Paraíso) a história é diferente.
Vejam o caso de Palmas, onde até aqui só existe uma candidatura certa, a de Marcelo Lélis (PV), que sinaliza ter o apoio do governo do Estado. A briga nos bastidores é garantir o vice nesta chapa, mas o número de partidos que já anunciou apoio ao presidente do PV, e os que aguardam o melhor momento de fazê-lo é maior do que se pode acomodar nesta pretensão.
A maioria dos pequenos partidos têm como trunfo a capacidade de buscar o voto nos bairros, associações, segmentos da sociedade. E com certeza vai trabalhar para construir alianças de olho em dois objetivos: participação na gestão em caso de vitória, e condições reais de eleger vereadores.
O Paço Municipal, capitaneado pelo prefeito Raul Filho, tem seus desgastes e também seus trunfos eleitorais a explorar. É óbvio que sairá um nome ungido pelo grupo, ainda que o grupo se esfacele na disputa por quem será o candidato.
Na raia até aqui, a vice-prefeita Edna Agnolin parece caminhar com boas chances de ser a escolhida. Isso considerando o "chega pra lá" que as declarações do prefeito Raul Filho na semana passada deram ao PR da deputada Luana Ribeiro, que afirma permanecer na disputa. Tem também o PMDB que é uma incógnita. Terá candidatura própria se não tiver o apoio do prefeito comporá uma vice?
Por estas e outras variantes, a exemplo dos nomes colocados por outros partidos menores, não acredito em disputa na capital com menos de três candidatos. E olha que pode acontecer de haverem outros nomes. Daqueles que garantem tempo na TV e partem para a ocupação deste espaço com outros objetivos que não ganhar a eleição.
Câmara com 19 vagas aumenta chance para novos
A abertura de 19 vagas ao invés de 12 para a próxima eleição na capital está provocando um efeito interessante: aumentam as chances dos novos nomes. Candidatos sem muita estrutura financeira e sem gabinetes, cargos e outros benefícios que o mandato confere a quem está buscando a reeleição terão a sua chance.
A angústia que percebo em vários deles é justamente se as composições que serão feitas pelos presidentes de partido serão benéficas ou não aos seus objetivos. Por isso, contas e mais contas são feitas em cima dos nomes que cada legenda apresenta como possíveis candidatos a vereador. A legenda para eleger um deve ficar em torno de 6.500 votos na capital.
Ao lado de Lélis, os partidos que se alinharem darão poucas chances aos novos, se entrarem todos num “chapão”. A tendência é que existam pelo menos duas chapas proporcionais.
Do lado do candidato ou candidata do Paço, também se alinharão os partidos que respondem hoje pela gestão municipal. Na terceira via, caso se mostre competitiva, pode haver uma chapa única com candidatos do mesmo potencial eleitoral.
O maior recado que a população está dando, no entanto, é que precisa ser entendido por quem está disposto a se expor nas ruas em busca de votos e mandato: é tempo de mudança 

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