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quinta-feira, 12 de abril de 2012

MPE VAI INVESTIGAR OS CRIMES DOS POLÍTICOS DA CACHOEIRA


Estado

MPE vai instaurar procedimento para investigar supostas irregularidades em contratos do Governo e empresas de Rossine

O MPE vai instaurar procedimento para apurar se há irregularidades nos contratos entre o Governo do Estado e as empresas do empresário Rossine Guimarães. Segundo informações do promotor de Justiça, Adriano das Neves, duas portarias devem ser publicadas para instaurar procedimentos investigativos. Ainda segundo informou o promotor, o Detran do Tocantins também será investigado, já que o serviço de inspeção veicular também foi citado em conversas.
Dermival Pereira 
Lourenço BonifácioMinistério Público Estadual
Ministério Público Estadual
O Ministério Público Estadual (MPE) vai instaurar procedimento para apurar se há irregularidades nos contratos entre o Governo do Estado e as empresas do empresário Rossine Aires Guimarães. Segundo informações do promotor de Justiça, Adriano Cesar das Neves, até esta sexta, 13, duas portarias devem ser publicadas para instaurar procedimentos investigativos. Segundo informou o promotor, o Detran do Tocantins também será investigado, já que o serviço de inspeção veicular no Estado também foi citado em escutadas telefônicas.
Questionado se há algum indício de irregularidade já comprovada, o promotor alegou que todas as informações colhidas até o momento são oriundas da imprensa. “Estamos instaurando os procedimentos com base no que foi publicado pela imprensa e até amanhã vamos baixar as duas portarias com o objetivo de verificar se há ou não irregularidades”, informou o promotor.
Investigações e contratos
Na rede de ligações descobertas nas investigações da Polícia Federal, através da Operação Monte Carlo - que tinha como objetivo desmantelar a organização criminosa liderada pelo contraventor Carlos Cachoeira – veio a público no início desta semana as relações comerciais e políticas do empresário e agropecuarista Rossine Aires Guimarães, em Goiás e no Tocantins.
Rossine, como é mais conhecido no meio político, não é acusado de crime, mas duas de suas empresas – a CRT (Construtora Rio Tocantins) e a Ideal Segurança – são citadas nas escutas telefônicas como parte do esquema que dava sustentação às atividades ilícitas do grupo de Carlos Cachoeira, preso no dia 29, quando a PF cumpriu os mandados da Operação Monte Carlo.
A CRT - que teve o nome fantasia alterado de Construtora Vale do Rio Lontra para Construtora Rio Tocantins - tem pelo menos seis contratos com o Governo do Estado, celebrados nos governos Marcelo Miranda (de 2002 a 2009) e Carlos Gaguim (2009 a 2010), ambos ex-governadores do PMDB. Os contratos receberam pagamentos nos governos anteriores e um deles, o que tem como objeto a pavimentação da estrada que liga Guaraí ao Povoado Beira do Rio, é objeto de pagamentos no governo atual, do governador Siqueira Campos (PSDB). Ao todo, Guimarães, proprietário de 82% das ações da CRT, antiga Construtora Vale do Rio Lontra, recebeu R$ 234, 444 milhões nos últimos quatro anos, de contratos com o governo.

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