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sexta-feira, 20 de abril de 2012

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20/04/12 12h2820/04/12 12h34

Sindicato da Enfermagem volta a defender que Pró-Saúde deixe comando dos 17 hospitais e diz que Dianópolis é uma "bomba-relógio"

Conforme entidade, grau de insatisfação dos profissionais com a política trabalhista da organização social é enorme e está afetando o atendimento aos pacientes
Cleber Toledo
Da Redação

O presidente do Sindicato dos Profissionais da Enfermagem do Estado do Tocantins (Seet), Ismael Sabino da Luz, defendeu em entrevista ao CT que Pró-Saúde deixe a gerência técnica dos 17 hospitais regionais que ainda comanda no Tocantins. Segundo ele, o grau de insatisfação dos profissionais com a política trabalhista da organização social é enorme e está afetando o atendimento aos pacientes. "Em alguns hospitais, a situação está ficando insuportável, como é o caso do Hospital Regional de Dianópolis, que é uma bomba-relógio que vai explodir a qualquer momento", afirmou ele.

Segundo Luz, a recontratação dos servidores que eram comissionados do Estado pela Pró-Saúde, quando da terceirização, resultou em muitos prejuízos aos profissionais. De cara, eles perderam o benefício da carga horária de 30 horas semanais, uma conquista de 2005, no Plano de Cargos e Salários (PCCS) da Saúde. Os profissionais de saúde da organização social cumprem 40 horas semanais. Além disso, a categoria que atua junto à Pró-Saúde não tem direito à ajuda de custo quando precisa acompanhar pacientes para outros municípios.

Outro problema nessas saídas de enfermeiros é que não tem quem cubra a ausência deles na unidade em que atendem. "E, por falta de médico, tudo é feito em Palmas, os pacientes são enviados para cá", explicou o presidente do Seet.

Esses problemas trabalhistas e no atendimento aos pacientes como consequência da terceirização da saúde tinham sido levados ao conhecimento do Estado, conforme Luz, antes de sua efetivação. "Somos contra a terceirização, a gerência técnica é dever do Estado. A Pró-Saúde pode até ficar com a logística, como alimentação e limpeza, mas não com a gerência técnica", defendeu.

Coação
Luz disse ao CT que a Pró-Saúde teria coagido profissionais do Hospital Geral de Público de Palmas (HGPP) a pedirem demissão para que fossem contratados pelo Estado por um salário menor. Segundo o presidente, isso teria ocorrido quando a organização social ainda comandava o HGPP.

Luz explicou que o fato ocorria toda vez que a Pró-Saúde estava insatisfeita com um coordenador de área e queria tirá-lo do cargo para que voltasse à assistência geral dos pacientes. "Os enfermeiros viviam sob pressão por resultados, mas não ofereciam pessoal suficiente. Quando estava insatisfeita com o resultado de um coordenador, a organização social pressionava o coordenador a se demitir para contratá-lo pelo Estado por um salário menor, uma vez que o sindicato não aceita a redução salarial", afirmou o sindicalista.

Segundo ele, além do problema de receber menos contratado pelo Estado, pedindo demissão, o profissional perderia todos os direitos garantidos pela CLT.

Contudo, Luz disse que acha pouco provável que que essa recontratação ocorreria, pelo fato de o governo estar proibido de fazer contratações, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). "Sem falar que ainda temos o quadro reserva do concurso público da saúde, realizado em 2009”, lembrou.

Ar-condicionado
Ainda durante a visita ao HGPP, o Sindicato confirmou uma falha no aparelho de ar-condicionado da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulta. Para amenizar o calor, por meses chegaram a ser usados ventiladores. Segundo uma funcionária o problema foi resolvido parcialmente, com o funcionamento de dois aparelhos de ar-condicionado.

“Isso nunca poderia ter acontecido. É colocar em risco, tanto a saúde dos profissionais que ali laboram como a dos pacientes que recebem atendimento. O pior é que, com imunidade baixa, os pacientes poderiam ter facilmente complicações de saúde”, ressaltou o presidente.

Luz apontou outro problema nesse setor. “Pela fato de UTI Adulta ser um ambiente desgastante fisicamente, tem servidores adoecendo e, com o atestado medico, está sobrecarregando os demais, comprometendo a assistência do setor”, denunciou.

Entenda
Em março, depois de uma grave crise, o Estado tirou a Pró-Saúde do comando do HGPP. Na época, o Sindicato dos Profissionais da Enfermagem do Estado do Tocantins (Seet), o Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed), o Sindicato dos Tabalhadores em Saúde do Tocantins (Sintras), o Sindicato dos Farmacêuticos do Tocantins (Sindifato) e o Sindicato dos Cirurgiões Dentistas do Tocantins (Sicideto), pediram que organização social fosse retirada do comando de todos os hospitais regionais do Estado, mas não foram atendidos.

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