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quinta-feira, 12 de abril de 2012

TOCANTINS: ESTADO DE CORRUPTOS


Estado

PF chega a Rossine em grampos telefônicos: empreendimentos em sociedade com Gaguim e com Carlos Cachoeira geram suspeitas

A Operação Monte Carlo, deflagrada em 29 de março, chegou ao empresário e morador de Araguaína há cerca de 30 anos, Rossine Aires Guimarães, através das interceptações autorizadas pela Justiça. Sócio de construtora, empresa de segurança e de empreendimentos imobiliários, Rossine tem negócios com o ex-governador Carlos Gaguim e com o contraventor Carlos Cachoeira. A relação levanta suspeitas de favorecimento em obras e pagamentos no Tocantins.
Roberta Tum 
Blog do NassifEmpresário e agropecuarista Rossine Guimarães: negócios sob suspeita
Empresário e agropecuarista Rossine Guimarães: negócios sob suspeita
Na rede de ligações descobertas nas investigações da Polícia Federal, através da Operação Monte Carlo - que tinha como objetivo desmantelar a organização criminosa liderada pelo contraventor Carlos Cachoeira – veio a público esta semana as relações comerciais e políticas do empresário e agropecuarista Rossine Aires Guimarães, 48 anos em Goiás e no Tocantins.
Rossine, como é mais conhecido no meio político, não é acusado de crime, mas duas de suas empresas – a CRT (Construtora Rio Tocantins) e a Ideal Segurança – são citadas nas escutas telefônicas como parte do esquema que dava sustentação às atividades ilícitas do grupo de Carlos Cachoeira, preso no dia 29, quando a PF cumpriu os mandados da Operação Monte Carlo.
A CRT - que teve o nome fantasia alterado de Construtora Vale do Lontra para Construtora Rio Tocantins - tem pelo menos seis contratos com o governo do Tocantins, celebrados nos governos Marcelo Miranda (de 2002 a 2009) e Carlos Gaguim (2009 a 2010), ambos ex-governadores do PMDB. Os contratos receberam pagamentos nos governos anteriores e um deles, o que tem como objeto a pavimentação da estrada que liga Guaraí ao Povoado Beira do Rio, é objeto de pagamentos no governo atual, do governador Siqueira Campos (PSDB).
Negócios sob suspeita
Os negócios do empresário Rossine Guimarães ganharam destaque nos jornais de Goiás e portais de notícias desde ontem, 10, quando seu nome foi identificado nas inúmeras conversas gravadas, e seus dados foram cruzados com as doações de campanha feitas em 2010 a candidatos em Goiás e Tocantins.
Para o Comitê Central do PSDB, do governador Marconi Perillo(PSDB) de Goiás, Rossine fez uma doação de R$ 800 mil, em duas etapas: a primeira durante a eleição, de R$ 500 mil, e a segunda, extemporânea – conforme a legislação permite – no valor de R$ 300 mil.
No Tocantins as doações durante o período eleitoral foram feitas através de pessoa física ao ex-governador Carlos Gaguim, de quem Rossine é sócio na BPR Empreendimentos Imobiliários, no valor de R$500 mil. Após a derrota nas eleições, do grupo que apoiou, o empresário procurou o Comitê Central do PSDB e fez uma doação na condição de pessoa física no valor de R$ 3 milhões.
A empresa CRT, que detém os contratos de obras com o Estado, doou R$ 712 mil, assim distribuídos: R$ 500 mil para Carlos Gaguim, R$ 162 mil para o candidato ao Senado Marcelo Miranda, e R$ 50 mil para o candidato a deputado federal Júnior coimbra(PMDB).
Sócio de Gaguim a Cachoeira
O empresário é apontado em reportagem do jornal “O Popular” como sócio do ex-governador Carlos Gaguim na BPR Empreendimentos Imobiliários. Sócio de Carlos Cachoeira, do ex-diretor da Delta, Cláudio Abreu e de Edson Coelho na Ideal Segurança. E finalmente proprietário de 82% das ações da CRT, antiga Construtora Vale do Lontra, através da qual recebeu R$ 234, 444 milhões nos últimos quatro anos, de contratos com o governo do Estado.
Deste total, Marcelo Miranda pagou por obras executadas e medidas, R$ 74 milhões, 722 mil e 64 reais, entre 2008 e 2009.
Carlos Gaguim, por sua vez, no período de um ano e três meses de governo autorizou pagamentos no total de R$ 142 milhões, 154 mil e 733 reais ao sócio Rossine.
No governo Siqueira Campos, que completou 15 meses de gestão em março último, o empresário recebeu por medições feitas a quantia de R$ 19, 1 milhões.
Buscando contato
Site Roberta Tum entrou em contato com o ex-governador Carlos Gaguim(PMDB), autor do maior volume de pagamentos à construtora de Rossine, e sócio do empresário num de seus empreendimentos, mas não obteve sucesso. Uma mensagem foi deixada em seu celular, e o espaço permanece aberto para que ele se manifeste.
O empresário Rossine Guimarães foi procurado através de pessoas ligadas a ele, mas a informação é de que ele permanece numa propriedade rural fora do Estado e estaria incomunicável.

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