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sexta-feira, 23 de março de 2012

O BOLSA MISÉRIA TOCANTINS


DONA IRIS É A RESERVA MORAL DA POLÍTICA DE ARAGUATINS

Araguatins é uma cidade pólo do norte do Tocantins e sua vocação natural quando os políticos deixarem de ser corruptos será o progresso.
Agora em plena época de eleição, está havendo muita movimentação política e gastos absurdos de dinheiro público com programas pífios e eleitoreiros que beiram ao ridículo, como é o caso do cartão que intitulo “instituição da miséria”.Tal programa visa combater a fome num estado onde 165 mil famílias vivem abaixo da linha de miséria conforme estatística do IBGE publicada no Jornal Folha de Boa Vista de Tocantinópolis.
Somente agora em 2012 em plena fogueira da vaidade política,da miscelânea eleitoral é que os “os líderes”  resolveram arregaçar as mangas de suas ricas camisas e sair em busca do engodo e da venda de ilusões aos eleitores,criando programas hipócritas onde um pai de família é tratado como mendigo e recebe R$ 200,00(duzentos reais) por ano para alimentar sua família,pagar água e luz e vier bem,estilo Cuba comunista ou Coréia do Norte ditatorial.
A diferença entre dona Íris e os outros candidatos a prefeito de Araguatins é que a dama do Bico do Papagaio como é conhecida,é íntegra por demais,é honesta e não anda atrás de cestas básicas e de enganar o povo sofrido de Araguatins.
Dona íris tem residência fixa,tem família residente na cidade amada e um filho vereador e representante digno e honesto do poder legislativo municipal.
Outros candidatos nem residência fixa têm e querem o poder pelo poder.Outros estão sob a subserviência de Wagner Praxedes que deveria cuidar das contas dos corruptos no TCE e fica se envolvendo em política partidária e indicando candidatos.
Até o Site do Tasso Antonio que já foi um rapaz brilhante e poderia ser vereador em Palmas,está cometendo injustiças ao afirmar que dona Íris não se decide ou não se apresenta ao público.Ele esqueceu que o melhor testemunho de um político é o seu bom exemplo e sua vida pregressa exemplar, e somente isso dona Íris tem,pois não é política profissional e não depende das benesses do poder e não se ajoelha em busca de cargos  e cestas básicas.
O Instituto Ibove  em suas pesquisas e observações fez uma pesquisa qualitativa e percebeu que o nome mais ventilado na boca do povo de Araguatins é o nome de dona Íris.Pois um povo aguerrido e forte sabe escolher seus líderes e sabe responder perguntas inteligentes, e saberá decidir seu destino nas urnas.
Araguatins e seu povo sempre foram vítimas de políticos ruins, e agora pode mudar radicalmente seu destino, organizando-se e dizendo não a corrupção.
Os eleitores de Araguatins são dignos e não precisam se expor ao ridículo aceitando uma bolsa miséria.
Dona Íris representa a família araguatinense e família é instituição sagrada é de DEUS!
Quem sabe administrar sua família sabe administrar sua cidade.

Antonio Guimarães

sexta-feira, 16 de março de 2012

Página inicial » Estado » NotíciaListagem completa sobre Estado ou por data 16/03/201208/03/12 10h4908/03/12 10h49 Empresa classificada na licitação entra com recurso contra duas concorrentes; cronograma pode atrasar

Alessandra Sousa 
Da Redação

Como já era esperado, a empresa Faculdades Integradas Brasil Amazônia SS Ltda (Fibra), de Belém (PA), entrou com recurso, na terça-feira, 6, contra a decisão da comissão de licitação em desclassificar a Fibra por não apresentar a comprovação de liquidez do seu capital social. A surpresa foi a empresa Assessoria em Organização de Concursos Públicos Ltda (AOCP) também protocolar recursos na Subsecretaria Geral de Licitações.

A assessoria de comunicação da AOCP informou que a empresa, uma das quatro classificadas para participar da licitação, entrou com recursos contra o Instituto Ludus, de Terezina (PI), e a Imagem e Dados Ltda, de Goiânia (GO), por considerar que essas empresas não comprovaram experiência compatível com o concurso. De acordo com a assessoria, a empresa goiana apresentou atestados com poucos números de inscritos o que, conforme explicado pela assessoria da AOCP, “não é compatível com um concurso que já possui 60 mil inscrições".

“Os recursos são uma espécie de alerta para a comissão de licitação, uma vez que, como são muitos papéis no dia da verificação, esse dado passou despercebido”, disse a AOCP. A assessoria também informou que, como o processo de licitação ainda possui mais duas fases, a empresa que organizará o certame só será conhecida em no mínimo um mês, considerando prazos de recursos e contra-razões.

Conforme a Secad, as empresas terão cinco dias, a partir do dia 6, para contra-razões. Após finalizado o prazo das contra-razões, os recursos serão analisados no prazo de cinco dias, ou seja serão mais dez dias, a contar de terça [6], para que o processo de licitação possa passar para a próxima fase.

Governo
Em nota enviada ao CT, a Secretaria da Administraçao (Secad) admitiu que o cronograma de realização do concurso poderá ser atrasado. “Eventuais atrasos do cronograma provocados por recursos que não se poderia prever serão, à medida do possível, compensados no prazo de organização e logística de aplicação das provas, de modo tal que não ocorra alteração nos prazos finais do concurso”.

Cronograma
Elaboração e publicação do Edital Convocatório do certame - 6 a 10 de março
- Período de inscrições - 13 a 22 de março
- Publicação das inscrições deferidas; prazo para recurso das inscrições indeferidas; julgamento dos recursos; publicação final das inscrições indeferidas – de 23 a 31 de março
- Organização e logística de aplicação das provas - 23 de março a 14 de abril
- Provas/gabaritos/recursos/julgamento de recursos/resultado final/homologação - de 17 de abril a junho 2012.

Confira nota na íntegra
"O Governo tem plena consciência da necessidade e da urgência na realização do concurso do Quadro Geral. Tanto é verdade que publicou cronograma com prazos extremamente reduzidos. Entretanto, não se pode prever o imprevisível nem o imponderável, já que o Governo não pode elaborar o cronograma, antecipando que alguma empresa entraria com recurso.

Eventuais atrasos do cronograma provocados por recursos que não se poderia prever serão, à medida do possível, compensados no prazo de organização e logística de aplicação das provas, de modo tal que não ocorra alteração nos prazos finais do concurso."

Governador Siqueira Campos empossa novos secretários e anuncia concurso para soldados da Polícia Militar

Governador Siqueira Campos empossa novos secretários e anuncia concurso para soldados da Polícia Militar

Aquiles Lins
Da Redação

O governador Siqueira Campos empossou na tarde desta quinta-feira, 8, sete dos dez novos auxiliares do primeiro e segundo escalão do governo do Estado, em solenidade marcada pela presença de centenas de líderes, aliados e membros do governo, e também da presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Jacqueline Adorno, do procurador geral de Justiça, Clenan Renaut de Melo Pereira, do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Raimundo Moreira (PSDB) e mais 13 outros deputados, inclusive da bancada de oposição, como Sargento Aragão (PPS) e José Augusto Pugliese (PMDB).

Durante a solenidade, o governador determinou ao comandante da Polícia Militar, coronel Marielton Santos, que providenciasse os procedimentos para a abertura de concurso público para 300 soldados da Polícia Militar. "Precisamos combater a criminalidade. O jogo com os bandidos vai ser bruto", afirmou.

De acordo com o coronel Marielton Santos, o cronograma do concurso deve ser divulgado já na próxima semana. “Nossa equipe irá trabalhar para a realização dos trâmites legais, e acredito que na próxima semana poderemos divulgar o cronograma e ainda neste semestre, o edital”, explicou o coronel.

Em seu discurso, Siqueira Campos elogiou os secretários que saíram na reforma e disse acreditar nos novos auxiliares. “Eles foram convidados para uma empreitada dura. Acredito que eles não vão se arrepender. Não tenho compromisso com ninguém para fazer um governo desviado do interesse público”, afirmou.

Saúde
Sobre quem será o novo secretário da Saúde, o governador Siqueira Campos disse que o anúncio pode ser feito nesta sexta-feira, 9. Siqueira disse que fez sondagens de alguns possíveis nomes, mas negou que tenha feito convite formal ao presidente do Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (Itpac), Nicolau Carvalho Esteves, um dos cotados para assumir a pasta.

“Existem as razões éticas. Não convidei o doutor Nicolau, que merece. Não convidei A, B ou C. Estou deixando para fazer o convite a partir de amanhã [sexta-feira, 9]. Eu fiz sondagens em várias áreas e estou buscando solução. Mas às vezes eu dizer uma determinada coisa me cria problema, me impede de fazer aquilo que possa ser o melhor no momento em que nós vivemos”, afirmou.

Secretários
Falando em nome dos secretários, Eduardo Siqueira Campos criticou a atuação da antiga secretaria de Governo dos governos anteriores e disse que não irá repetir a atuação da pasta à frente da Secretaria das Relações Institucionais. “Não faremos o antigo papel da Secretaria de Governo, que articulava com partidos políticos, buscando mais votos. Não discutiremos mais nossa situações por blogs e jornais, mas sentando e debatendo”, afirmou.

A secretária do Planejamento e Modernização da Gestão, Vanda Paiva, já havia sido empossada e não participou da solenidade, por estar cumprindo agenda no Rio de Janeiro, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Já os secretários da Indústria e Comércio, Paulo Massiua, e da Habitação e Desenvolvimento Urbano, Raimundo Frota, presentes na solenidade, não foram empossados, porque aguardam a cessão do Banco do Brasil e da Caixa, respectivamente, onde são concursados.

Foram empossados:

Eduardo Siqueira Campos – Secretário de Relações Institucionais
Nilomar Farias - Secretário da Justiça e Cidadania
Sandoval Cardoso - Secretário das Cidades
Miyuki Hiashida – Presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins)
Gláucio Barbosa – Subsecretário de Regularização Fundiária e Presidente do Conselho de Desenvolvimento do Tocantins (Codetins)
José Guimarães – Secretário executivo das Cidades
Olímpio Mascarenhas - Superintendente de Energias Limpas.

16/03/12 09h3316/03/12 10h53 Justiça suspende resultado de licitação na saúde por suspeita de fraude em documentos de empresa vencedora

16/03/12 09h3316/03/12 10h53

Justiça suspende resultado de licitação na saúde por suspeita de fraude em documentos de empresa vencedora

Uma das empresas vencedoras estaria impedida de licitar com o Poder Público após uma condenação no Estado de São Paulo e poderia ter fraudado um dos documentos exigidos em edital
Alessandra Sousa
Da Redação

O desembargador do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) José de Moura Filho acolheu nessa quinta-feira, 15, um Mandado de Segurança impetrado pela empresa Novartis Biociências S.A contra o resultado do Pregão Presencial n° 200/2011 da Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) para aquisição de medicamentos, destinados à Diretoria de Assistência Farmacêutica (Saps). A decisão suspendeu os itens 26, 45, 46 e 47 da licitação, vencida pela empresa Cristalfarma, que previa o fornecimento de medicamentos à base de revastigmina, nas dosagens de 1,5 mg, 3 mg, 4,5 mg e 6 mg.

O pregão foi concorrido pela Novartis Biociências S.A., EMS Sigma Pharma Ltda, Germed Farmacêutica Ltda e Cristalfarma. Segundo os argumentos da Novartis, autora do Mandado de Segurança, a Cristalfarma, empresa vencedora da licitação, era apenas uma distribuidora da empresa EMS S.A., que, no dia 5 de novembro do 2010, foi proibida de licitar com a Administração Pública pela Coordenação Geral de Administração (CGA) da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

Clique aqui e leia a decisão na íntegra

Além da revastigmina, a Cristalfarma também ganhou a licitação para fornecer outros dois medicamentos, Risedronato 35 mg e Topiramato 50mg e 100mg.

De acordo com a ação, a Cristalfarma teria apresentado um Atestado de Capacidade Técnica para fabricação do medicamento revastirgmina, emitido pelo Hospital Ophir Loyola/SES-PA, datado em 10 de novembro de 2010. Entretanto, apesar de a empresa estar impedida de licitar com o Poder Público, a Comissão Permanente de Licitação considerou válido o documento, sem levar em conta que a EMS só obteve o registro para comercialização em território nacional para o medicamento no dia 26 de novembro de 2011. O fato confirmaria que a EMS não poderia ter fornecido o medicamento antes da data de registro da comercialização, que aconteceu apenas um ano depois.

A empresa Novartis ainda informa que entrou com recurso junto à Sesau para inabilitar a EMS no processo de licitação. Conforme a decisão, a Sesau “sem nenhuma consideração às normas do Edital e em flagrante desrespeito à lei, negou provimento ao recurso da Novartis”, cuja decisão foi homologada pelo então secretário a Saúde do Tocantins, Arnaldo Nunes.

No recurso, a Novartis pede que a Cristalfarma seja desabilitada do processo e que a vitória da licitação seja repassada, após novas constatações de documentos, à própria Novartis.

Viagra
No Pregão Presencial n° 200/2011, também foi licitada o fornecimento de 5 mil comprimidos de Sidenafila, que é o princípio ativo do Viagra, usado no tratamento de disfunções sexuais masculinas. A compra do Sildenafila obeteve um valor total de R$ 63.500,00 e foi fornecido pela Hospfar Ind. e Com. de Prod. Hospitares Ltda.

Além da Cristalfarma, a empresa Vidafarma Distribudora de Medicamentos. Ltda tambpem ganhou a licitação para distribuição do medicamento atorvastatina 10 mg, também fabricada pela SEM S.A. 

domingo, 11 de março de 2012

Como não perder o controle


MEDICINA & BEM-ESTAR
|  N° Edição:  2209 |  09.Mar.12 - 21:00 |  Atualizado em 11.Mar.12 - 20:00

Como não perder o controle

A ciência revela o que se deve fazer para aumentar a força de vontade e a capacidade de autocontrole diante das tentações

Cilene Pereira e Mônica Tarantino
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Uma simples recordação de nossa vida cotidiana dá a dimensão do tamanho da batalha para mantermos nossas metas e vencer as tentações. Como conservar a perseverança e acordar mais cedo todos os dias para arranjar tempo para o exercício, se o cansaço paralisa? De que maneira encontrar forças para dizer não ao doce tentador que aparece na hora da sobremesa ou para ficar longe do shopping – e salvar o cartão de crédito – quando o dia foi pesado e a alma implora por um presentinho? É possível recusar o encontro com a colega atraente do escritório ao se pensar que a namorada pode vir a saber e isso virar um grande problema? Em um mundo no qual as compensações por um dia a dia massacrante podem ser abundantes, fica mesmo difícil resistir a elas. O resultado é conhecido: uma sociedade cada vez mais obesa e dependente de remédios que aplaquem a ansiedade e a depressão. Em busca de saídas eficazes para essa encruzilhada, a ciência começa a voltar seu olhar para dois fatores decisivos nessa questão: autocontrole e força de vontade. O primeiro é basicamente o poder de impedir a manifestação de comportamentos prejudiciais e de encontrar métodos que nos levem a alcançar os objetivos. O segundo é o que nos faz persistir e ir adiante na decisão de resistir por um bem maior. Mas o que é preciso fazer para tornar esses dois atributos algo disponível e durável nas nossas vidas? 

As respostas que estão emergindo da comunidade científica desvendam um panorama fascinante. Indicam que essas duas habilidades têm raízes na história da evolução humana, na genética, no ambiente – enfim, são componentes da personalidade de cada um muito mais complexos e sujeitos a influências do que se imaginava. Não é simplesmente uma questão de ter ou não força de vontade e autocontrole. Há mais peças nesse jogo. A primeira conclusão importante a esse respeito vem das pesquisas sobre o comportamento do cérebro
quando exposto a a situações nas quais é obrigado a colocar em ação o poder de autocontrole. Nessas circunstâncias, o que ocorre é uma batalha entre os centros responsáveis pelo processamento dos desejos e do impulso – localizados no sistema límbico – e os que colocam em prática a razão, abrigados no córtex pré-frontal. Um lado pressiona pela recompensa. O outro, pela ponderação sobre a oportunidade e os benefícios reais que o prêmio trará.
Vista assim, essa disputa pode parecer apenas mais uma tarefa do cérebro, entre os milhares que realiza. Porém, ela simboliza um ponto-chave da nossa evolução. As áreas relacionadas aos desejos, ao prazer, foram as primeiras a se desenvolver, até porque se tratava de uma questão de sobrevivência. Nos primórdios da nossa história, comer, dormir, fazer sexo, conquistar um terreno só seu eram fundamentais para viver mais e aumentar a prole – e o cérebro acabou encontrando um caminho para tornar isso tudo um grande prazer.
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Até aí, não somos diferentes dos outros animais. O que nos distingue, nesse aspecto, é que ao longo de milhões de anos desenvolvemos um sistema, o do córtex pré-frontal, capaz de segurar o impulso de realizar essas vontades quando elas mais prejudicam do que ajudam. “Alguns animais podem apresentar mecanismos bem rudimentares de autocontrole, mas é na espécie humana que o cérebro atingiu um grau de evolução que permite refrear os impulsos de satisfação imediata em função de uma gratificação futura”, afirma o psicólogo Marco Callegaro, mestre em neurociência e comportamento pela Universidade Federal de Santa Catarina. “O fundamento de nossa sociedade está nessa capacidade, pois a civilização depende basicamente de autocontrole. A habilidade de simular cenários de futuro e de escolher os mais desejáveis, de melhor custo/benefício, nos deu condições de fazer planos e de suportar adversidades e frustrações para poder chegar a uma meta distante”, diz.
O grande problema é que até hoje dificilmente resistimos a todas as tentações, além do fato de uns cederem mais aos desejos do que outros. Investigações sobre o que ocorre no cérebro dos mais resistentes e no dos mais auto-complacentes dão parte da resposta de por que isso acontece. Um trabalho importantíssimo nesse tema realizado na California Institute of Techonolgy (EUA) revelou que, nas pessoas menos vulneráveis às tentações, uma área do córtex pré-frontal, a dorsolateral, é mais ativa. Boa parte das considerações profundas sobre os benefícios da ação a ser tomada é feita nessa região. 

A informação promissora é que, segundo os cientistas, é possível estimular o funcionamento dessa espécie de bastião cerebral do bom-senso. Uma das maneiras é lembrar aos indivíduos os aspectos realmente positivos da decisão no momento em que ele está pensando se deve ou não se entregar a um desejo. Essa estratégia vale tanto para a hora de decidir entre o brigadeiro e a fruta (é necessário lembrar-se, insistentemente, do valor nutricional de um e de outro) quanto para a hora de ceder à tentação da mulher bonita à sua frente (vale mesmo a pena ir ao encontro sabendo que isso pode acarretar vários problemas futuros com a namorada, por exemplo?).

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Na esfera da personalidade, há dados interessantes que ajudam a identificar os elementos que compõem o autocontrole e a força de vontade de cada um. Pesquisa da Kellogg School of Management (EUA) revelou que, em geral, as pessoas acreditam ter mais força de vontade do que na verdade possuem. Pior: aqueles que se consideram muito perseverantes são os primeiros a fraquejar. “Os indivíduos não são muito bons em avaliar o poder de seus desejos”, escreveu Loran Nordgren, autora do trabalho. “E os mais confiantes são os mais vulneráveis”, complementou.

Além disso, os que tendem a ceder mais normalmente atribuem uma importância maior aos objetos da cobiça, segundo pesquisa das universidades americanas de Pittsburgh e do Texas. Em vez de entender o desejo como algo que pode esperar, um luxo, o encaram como uma necessidade. É o clássico “eu preciso”, que pode ser empregado tanto para a bolsa da vitrine, quando o armário está cheio de outras opções, quanto para o carro novo, quando o que se tem resolve perfeitamente a vida. Desses estudos, tira-se a lição de que conhecer nossos limites e as estratégias mentais que montamos para nos satisfazer a qualquer custo é um passo importante para segurar impulsos.
É preciso ficar atento ainda a outras armadilhas. Quando se está sob estresse, a tendência é deixar o impulso tomar conta. Uma revisão de estudos realizada na University of Southern California (EUA) deixa isso claro. “O estresse parece fazer com que as pessoas olhem apenas para o prazer que determinado ato proporcionará”, explicou Mara Mather, coordenadora da pesquisa. Sob tensão, busca-se desesperadamente apenas um conforto. E isso, obviamente, prejudica a capacidade de levar em consideração os resultados negativos da escolha. “A compulsão para ter uma recompensa fica mais forte e os indivíduos se tornam menos aptos a resistir”, disse a pesquisadora.
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Fazer escolhas depois de ter se esforçado muito para manter o autocontrole em situações anteriores também é ruim. Se no mesmo dia a pessoa teve de superar a preguiça para ir fazer exercícios físicos logo cedo e depois foi obrigada a deixar o cansaço de lado para terminar o relatório no trabalho, ficará mais difícil ainda dizer não para o cigarro ou a bebida no fim da tarde. “Quando o autocontrole não foi muito requisitado, é mais fácil focar nas repercussões negativas do desejo”, escreveram os autores de um estudo a esse respeito feito na Hong Kong University e na Northwestern University. “Mas, se foi exigido demais, passamos a considerar apenas aspectos como a facilidade para obter a recompensa”, disseram.

A partir dessa constatação, pode-se comparar força de vontade e autocontrole a um músculo. Se for exigido demais, dá sinais de fadiga. Por outro lado, se bem condicionado, garante um corpo sadio. E é exatamente esse o pensamento que prevalece hoje entre os cientistas. “É possível treinar tanto a força de vontade quanto o autocontrole”, disse à ISTOÉ Roy Baumeister, da Florida State University e um dos principais pesquisadores da área. “E qualquer tipo de exercício que quebre rotinas pode fortalecê-los.” O cientista sugere coisas como usar a mão contrária à habitual para escrever, escovar os dentes ou beber algo. “A essência do autocontrole é se sobrepor a uma resposta já esperada.”

Um ingrediente imprescindível na receita que começa a ser montada para nos ajudar a resistir às tentações é exercitar a capacidade de esperar pela recompensa ou de trocá-la por outra, menos prejudicial. Esquecer o benefício imediato e olhar para o futuro, tentando enxergar o que essa ação trará de resultado dias, semanas, meses, anos depois. “É preciso criar uma forte conexão com o futuro”, disse à ISTOÉ Hal Hershfield, da New York University’s Stern School of Business. “Assim é mais fácil avaliar como os atos de hoje afetarão o amanhã.”
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Na prática, porém, a maioria dos indivíduos não faz esse exercício. “Pergunte a uma pessoa onde ela quer estar daqui a cinco anos. Poucos têm ideia”, afirma o psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu, do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo. Por isso, essa é uma das perguntas-chave a se fazer para despertar a força de vontade. “Questione-se sobre o que realmente você quer da vida e de que jeito quer viver. Se a resposta não for muito clara, pergunte-se também o que faz mal a você”, ensina. “E tente descobrir como aliviar essa carga.”

O cardiologista Marcel Coloma, membro da Sociedade de Cardiologia do Rio de Janeiro, aplica a técnica de projetar o futuro para ajudar seus pacientes a deixar o cigarro. “Mostro a eles os ganhos a curto e a longo prazo. E os parabenizo a cada sucesso atingido”, diz. A nutricionista Elaine de Pádua, do Rio de Janeiro, também usa o elogio para incentivar as conquistas de seus pacientes. “Muitas mulheres chegam ao consultório com baixa autoestima. Seu resgate as estimula a seguir a meta de emagrecer.”

Colocar-se objetivos atingíveis e prever gratificações de fato positivas assim que forem alcançados é outra estratégia eficaz para fortalecer o “músculo” da força de vontade e do autocontrole. “Quando há luz no fim do túnel, as coisas ficam mais fáceis de ser alcançadas”, diz a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma-Br, entidade voltada à pesquisa e prevenção do estresse. Tão importante quanto isso é acreditar nesses objetivos – parar de fumar, de comer demais, de ceder aos impulsos pelo sexo, por exemplo. “A força de vontade surge quando a pessoa se convence, sem sombra de dúvida, de que seu desejo é sua vontade real”, diz o endocrinologista Tércio Rocha, do Rio de Janeiro. 

Outra ajuda importante é fugir de ambientes nos quais as tentações estejam perigosamente disponíveis. “No caso de quem deseja parar de fumar, por exemplo, a pessoa pode se ajudar eliminando situações que funcionam como gatilho, como o cafezinho”, orienta a psicóloga Ana Rossi. “Enfim, modificando hábitos e comportamentos”, ensina.
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Na tarefa de aumentar a vontade e o autocontrole, um recurso profissional interessante é a terapia cognitivo-comportamental, um ramo da psicologia que busca modificar padrões de pensamentos e comportamentos prejudiciais. “Ela promove de forma mais estruturada a autopercepção e o autoconhecimento, bem como o controle de impulsos”, explica a psicóloga Andréia Calçada, do Rio de Janeiro.

Da Universidade de Miami (EUA), onde trabalha como professor, o brasileiro Juliano Laran dá ainda outra recomendação vital para fazer crescer o autocontrole: a diversão. Ele chegou a essa conclusão após realizar um experimento no qual observou que os indivíduos com maior capacidade de se controlar encaravam as situações nas quais eram obrigados a se conter mais como uma oportunidade de diversão do que de chateação. “As pessoas tendem a acreditar que exercer o autocontrole é algo que dá trabalho”, explicou à ISTOÉ. “O problema é que, se interpretamos dessa forma, depois que terminamos de usá-lo queremos nos divertir”, disse. Ou seja, a busca por uma recompensa pelo esforço permanece. Porém, quando se inverte o pensamento, essa necessidade deixa de existir. “A diversão muda a percepção do esforço que estamos fazendo e não sentimos mais como se depois devêssemos relaxar e nos divertir, comendo e bebendo demais, por exemplo.”

Quanto mais gente adotar essas lições, melhor. Isso porque, de acordo com uma pesquisa realizada na University of Georgia (EUA), o autocontrole é contagioso. “Observar outras pessoas conseguindo manter o controle, a força de vontade, a motivação, faz o indivíduo querer fazer o mesmo”, disse à ISTOÉ Michelle vanDellen, autora do estudo, o primeiro do gênero, publicado na revista científica “Personality and Social Psychology Bulletin”. O fenômeno ocorre basicamente porque as pessoas tendem a imitar o comportamento de quem está ao redor. “Pensar em alguém que tem autocontrole para se exercitar todos os dias pode fazer você ficar mais comprometido com suas metas financeiras.”  

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