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sábado, 29 de dezembro de 2012

Brahimi chega à Rússia para impulsionar transição na Síria


Diplomacia

Brahimi chega à Rússia para impulsionar transição na Síria

Mediador internacional vai explicar os resultados de sua visita de cinco dias a Damasco - onde se reuniu com o ditador sírio, Bashar Assad, e a oposição

O ministro Sergei Lavrov e mediator Lakhdar Brahimi, em Moscow
O ministro Sergei Lavrov e mediator Lakhdar Brahimi, em Moscow (Sergei Karpukhin / Reuters)
O mediador internacional da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, chega neste sábado à Rússia para impulsionar o processo de transição política no país árabe em virtude dos acordos de Genebra, pactuados pelas grandes potências, incluindo os EUA e a Rússia. Segundo as agências locais, Brahimi se reunirá com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, a quem explicará os resultados de sua visita de cinco dias a Damasco, onde se reuniu com o ditador sírio, Bashar Assad, e a oposição.
A proposta que o mediador colocou a Damasco e à oposição síria é a pronta criação de um Executivo de transição com representantes de ambas as partes em conflito, o principal ponto estipulado no último dia 30 de junho em Genebra. O mediador considera que esse acordo "reúne todos os elementos necessários para pôr fim ao conflito na Síria nos próximos meses", embora ainda necessite de "algumas mudanças". Entre essas remodelações, figuraria a que o governo de transição inclua ministros que não pertençam à confissão alauíta, que professa o presidente, e nem aos sunitas radicais.
Além disso, as mudanças também estipulam que Assad continue no poder até a segunda metade de 2013, mas sem que tenha direito a se apresentar às próximas eleições presidenciais, previstas para 2014. Nesta semana, Lavrov assegurou que ainda há como solucionar o conflito na Síria através dos acordos de Genebra, mas que esse tempo anda se esgotando. Ao mesmo tempo, o chefe da diplomacia russa pediu ao regime sírio concretizar sua declarada disposição ao diálogo com a oposição.
Em relação ao futuro de Assad, do que o Kremlin parece ter se distanciado nas últimas semanas, a Rússia mantém que os acordos de Genebra não estipulam sua renúncia como condição para o diálogo, insistindo em que o povo sírio é quem deve ter a última palavra. "Com todo o respeito à comunidade internacional, o povo sírio é quem deve decidir. Esta é uma postura de princípio", afirmou Lavrov. Lavrov e Brahimi também falarão sobre uma possível reunião conjunta com os EUA em janeiro, quando poderia traçar um plano de transição mais específico à Síria.
(Com agência EFE)

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