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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Protestos tomam as ruas em 11 capitais às 17 horas

Protestos tomam as ruas em 11 capitais às 17 horas

Atos de tom político e comemoração pela redução da tarifa de transporte estão mantidos nesta quinta-feira; sedes do Executivo e Legislativo são cercadas

São Paulo -  Tropa de Choque da PM entra em confronto com manifestantes na Rua Augusta, durante protesto contra o aumento da tarifa do transporte público
São Paulo -  Tropa de Choque da PM entra em confronto com manifestantes na Rua Augusta, durante protesto contra o aumento da tarifa do transporte público - Felipe Frazão
As principais cidades do país devem parar novamente às 17 horas desta quinta-feira por causa da onda de protestos iniciados por causa do aumento na tarifa de transporte. Atos estão marcados em pelo menos onze capitais, onde a Polícia Militar (PM) deve reforçar a presença ostensiva nas ruas para conter o vandalismo de grupos radicais que acompanham as manifestações.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro, cidades que tiveram a redução da tarifa anunciada por governos estaduais e prefeituras nesta quarta-feira, as manifestações foram mantidas como forma de comemoração e apoio aos protestos nas demais cidades. O Movimento Passe Livre (MPL) de São Paulo, por exemplo, disse, em nota, que vai sair às ruas "em apoio a todos os companheiros presos, detidos e processados durante os atos contra o aumento, contra a criminalização do movimento".
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Desde a semana passada, a pauta das manifestações se ampliou. Além do transporte de qualidade e baixo custo, os manifestantes prometem agora dar ênfase ao combate à corrupção, votação da PEC 37 (proposta de emenda constitucional que reduz poder de investigação do Ministério Público), prisão dos mensaleiros, gastos públicos excessivos com a Copa do Mundo e Copa das Confederações, e mais uma série de bandeiras políticas.
Apesar de o estopim e principal pleito dos protestos ter sido atendido, o número de manifestantes envolvidos nos protestos deve crescer. Em redes sociais usadas para a convocação dos atos, como o Facebook, o número de confirmações de presença passava das 438.000 pessoas até a manhã desta quinta, somente em São Paulo (Avenida Paulista) e no Rio (Igreja da Candelária).
Grande movimentação também é aguardada para Brasília. Depois de a área externa e o teto do Congresso Nacional terem sido ocupados, o governo federal orientou o Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) a evitar a aproximação de manifestantes e cercou com grades duplas o Palácio do Planalto. A Polícia do Exército também agirá na parte interna do Planalto. Na área externa, o PM do Distrito Federal será responsável por garantir a ordem.
Como viraram alvo de vandalismo nas últimas manifestações, as sedes dos poderes Executivo e Legislativo estão se preparando para enfrentar as multidões. Pelo país, prefeituras e governos estaduais cercam seus edifícios com gradil, guardas municipais e policiais militares; câmaras municipais, assembleias legislativas adotam a mesma medida e convocam a PM para ficar de prontidão.
Em Salvador, a preocupação é por confrontos entre manifestantes e policiais no entorno da Arena Fonte Nova, estádio onde jogam Nigéria e Uruguai pela Copa das Confederações - assim como a partida entre Espanha e Taiti no Maracanã, no Rio. Tropas de Choque da PM têm mantido as imediações dos estádios isoladas, com uso de bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo e balas de borracha.
Há manifestações agendadas em Belo Horizonte, Manaus, Belém, Cuiabá, Goiânia, Campo Grande e Palmas.
(Com Estadão Conteúdo)

Protestos em São Paulo

Ato a ato, as manifestações contra o reajuste na tarifa de transportes

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Dia 6 de junho, Avenida Paulista

Protesto contra o aumento da passagem do ônibus de São Paulo de 3 reais para 3,20 reais, manifestantes usam fogo para interditar avenidas em São Paulo Cerca de 500 manifestantes, segundo a Polícia Militar, participaram do primeiro ato em protesto contra o reajuste de 3 reais para 3,20 reais na tarifa de ônibus, trens e metrô em São Paulo. Convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) e apoiado por partidos de esquerda (como PCdoB, PSOL, PSTU, PCO e PT), estudantes e grupos de punks e anarquistas, a marchar passou pela Avenida Paulista e deixou um rastro de vandalismo com a depredação de 65 ônibus e três entradas nas estações do Metrô, que sofreu 73.000 reais de prejuízo. Pelo menos quinze pessoas foram detidas e dezenas ficaram feridas em confronto com a PM.

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