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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Protestos e repressão acirram tensão em SP-PSDB AMA HUMILHAR E BATER NO POVO QUE TRABALHA

Protestos e repressão acirram tensão em SP

14/6/2013 10:07
Por Redação, com BBC - de São Paulo



Confronto entre policiais e manifestantes nas ruas de São Paulo foi marcado por cenas de violência
Confronto entre policiais e manifestantes nas ruas de São Paulo foi marcado por cenas de violência
Pelo quarto dia em pouco mais de uma semana, milhares de manifestantes se reuniram nas ruas de São Paulo para protestar contra o aumento das tarifas de transporte público na cidade. A Polícia Militar reprimiu a manifestação com bombas de efeito moral e balas de borracha para evitar o avanço do protesto, que teve início na região central da capital, em frente ao Teatro Municipal.
O confronto foi marcado por cenas de violência, com imagens de manifestantes, cinegrafistas e fotógrafos atingidos pelos disparos da polícia. O tumulto provocou correria e os manifestantes reagiram à repressão policial atirando pedras e outros objetos.
Durante o choque com a polícia, manifestantes picharam ônibus, incendiaram restos de lixo e atiraram rojões contra as tropas da PM.
Segundo dados divulgados pela Polícia Militar de São Paulo, um total de 232 pessoas foram detidas na noite de quinta-feira, sendo que 198 foram encaminhadas para o 78º Distrito Policial, nos Jardins (zona oeste de São Paulo) e 34 foram levadas para o 1º Distrito, na Sé, região central.
A manifestação, que contava com a participação de cerca de 5 mil pessoas, segundo estimativa da PM, tinha o objetivo de cobrar a revisão do preço das passagens de ônibus e metrô, que passaram de R$ 3 para R$ 3,20 em São Paulo na semana passada.
- Cada vez que a tarifa sobe, aumenta também o número de pessoas excluídas do sistema de transporte – afirma o Movimento Passe Livre, em seu site. “E não ter acesso ao transporte significa não ter acesso à cidade: dependemos da condução para ir e voltar do trabalho, escolas, hospitais, visitar amigos, etc.”
Negociação e impasse
De acordo com a Agência Brasil, os policiais negociavam com representantes do Movimento Passe Livre para que o protesto terminasse na Praça Roosevelt, mas, durante a negociação, os manifestantes decidiram seguir com o protesto e partir em direção à Avenida Paulista, uma das vias mais movimentadas e simbólicas de São Paulo.
Além de acirrar a tensão na cidade, o tumulto teve um forte impacto na mobilidade das pessoas que se deslocavam do trabalho para casa e interrompeu o trânsito em algumas das principais ruas de São Paulo, como Consolação e Augusta.
A ONG de direitos humanos Anistia Internacional divulgou uma nota em que pede uma solução pacífica para o impasse entre manifestantes e autoridades.
A organização afirma ver “com preocupação o aumento da violência na repressão aos protestos” e se diz preocupada com o “discurso das autoridades sinalizando uma radicalização da repressão e a prisão de jornalistas e manifestantes”.
A entidade diz que é contra a depredação do patrimônio púbico e atos violentos de ambos os lados e pede um canal de diálogo entre governo e manifestantes.
Reajuste mantido
Durante compromisso em Santos, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, descartou rever o reajuste da tarifa e disse que os protestos têm motivação política. “O que a gente percebe é que é um movimento político, pequeno, mas muito violento”, afirmou.
Em uma nota em que rebate as acusações de vandalismo e depredação do patrimônio público, o Movimento Passe Livre diz que os manifestantes apenas reagiram à “agressão dos policiais”.
- O Movimento Passe Livre não incentiva a violência em momento algum de suas manifestações, mas é impossível controlar a frustração e a revolta de milhares de pessoas com o poder público e com a violência da Polícia Militar – afirma o grupo.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que o valor das tarifas de transporte “será mantido porque está muito abaixo da inflação acumulada”.
Haddad acrescentou que considera “legítima toda e qualquer forma de manifestação e expressão” e que a capital paulista é “o berço das manifestações”. “O que São Paulo não aceita é a violência, de qualquer parte”, completou.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse em Brasília que o governo federal está à disposição de qualquer Estado para ajudar a lidar com os protestos.
- É lamentável que ainda existam pessoas que não consigam perceber que, no estado de direito, é legítima a manifestação, é legítimo que as pessoas expressem sua opinião – afirmou Cardozo. “Mas não é legítimo que pratiquem atos de vandalismo e violência.”
Além dos confrontos na capital paulista, protestos semelhantes foram registrados nos últimos dias nas cidades de Porto Alegre, Santarém (PA), Santos, Natal e Rio de Janeiro.

Um comentário:

  1. palmas-to esta no bico da miseria e nenhum politico ou coisa alguma para ajudar

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