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quinta-feira, 12 de abril de 2012

ROSSINE GUIMARÃES O CARA QUE DEU A GRANA


Rossine, empresário de sucesso. Crime? Doações de campanha dentro da lei

Ok, ok. Vão me chamar de ingênua, ou de otimista. Tudo bem. Mas vamos ao âmago do noticiário que toma conta deste e de outros noticiosos da Web: qual o crime de Rossine, dono da CRT (que já foi Vale do Lontra), sócio da Ideal Segurança e da BPR que também é de Pablo e Gaguim? Doações de campanha. Todas elas legais. Por enquanto.
Roberta Tum 
Blog do NassifRossine Guimarães, conhecido agropecuarista, empresário de muitos negócios
Rossine Guimarães, conhecido agropecuarista, empresário de muitos negócios
Tem um ditado que tenho ouvido muito ultimamente: “uma coisa é o que a gente sabe, outra coisa o que se pode provar”.
Pois é. Entramos com força hoje na repercussão da Operação Monte Carlo e seus desdobramentos no Tocantins por conta da presença de Rossine Guimarães – conhecido agropecuarista, empresário de muitos negócios, sempre presente em Araguaína e em outros estados onde tem interesses a defender. É isso que as pessoas querem ler? Pois bem, aqui também tem. E cobertura completa, com todos os personagens envolvidos na conversa que tomou conta dos bastidores da política tocantinense.
A princípio, a nossa posição editorial é tratar apenas dos fatos que envolvem este assunto. E qual o fato? Rossine é sócio de Gaguim numa empresa do mercado imobiliário. E sócio de Cachoeira em outra, a Ideal Segurança. E sua CRT - onde tem 82% das ações – faria dupla com a Delta nos esquemas de Cachoeira, Cláudio Abreu e companhia.
Até aí, é o que está nos grampos legais feitos pela PF com autorização da justiça. Lógico que isto é um inquérito, que vai virar ação ao final.
Nela é que saberemos quem serão os acusados formalmente. E se Rossine estará entre eles. Toda esta exposição que se faz do empresário na mídia nacional e local, no entanto, vem do vazamento (ops) das escutas telefônicas da PF. E que vazamento! Parece mais um rombo. Mas é normal. Só não vaza da PF aquilo que não tem alguém interessado em vazar.
Mas vamos aos fatos, e seus desdobramentos.
Toda esta ligação de Rossine com Cachoeira e por outro lado com Gaguim não trouxe ainda um crime contra o erário. É disto que estou falando. Pelo menos não no Tocantins.
Gaguim contratou pouco e pagou muito: sempre acelerado
Querem ver? Os contratos da antiga Vale do Lontra são velhos, do tempo de Marcelo Miranda. Gaguim pegou o bonde andando e deu o start nas obras paradas, com aquele seu jeito acelerado. E está aí, de forma inegável: acelerou também os pagamentos.
Ele diz, em sua defesa, que pagou o que estava executado. E que teve o aval do TCE. Aliás todo mundo se lembra (quem não se lembrar basta ir no sistema de busca), que tudo eram flores quando o ex-governador assumiu e saiu visitando todos os órgãos: TJ, MPE, TCE.
Os valores assustam qualquer cristão que como eu não estão acostumados com nada acima de cinco dígitos: R$ 142 milhões em 15 meses. R$ 38 milhões em três meses de campanha. Irônico, como sempre Gaguim dispara: “não foi pra mim que ele deu R$ 3 milhões. Se ele é meu sócio, que sócio é este?” Seria cômico mesmo, se não fosse sério demais.
Rossine na verdade, é empresário vivido. Figura conhecida nos leilões de gado na região de Araguaína, envolvido com melhoramento genético, e lógico: empreiteiro.
Apostou suas fichas na turma de Gaguim, com quem tinha negócio. Não deu certo, procurou Siqueira. É lógico, quem não faria isto? Tem contratos em aberto, quer continuar trabalhando. Foi lá e fez uma doação volumosa. De novo, para nós simples mortais. Para ele, que faturou R$ 244 milhões em quatro anos ( aliás, recebeu, deve ter faturado mais), isso não é assim tão volumoso.
Agora voltando à vaca morta. Qual é o crime de Rossine? As doações de campanha. Que são legais. Explico: é por elas que ele será julgado diante da opinião popular. Pelo que doou aqui e em Goiás, para o PMDB e para o PSDB. E ninguém acredita mais em coelhinho da Páscoa, em Papai Noel e em que alguém doe quase R$ 5 milhões sem esperar nada em troca. Por mais podre de rico que o sujeito seja.
Mas falando sério, isso não é crime. Pode até ser que nas relações com Cachoeira, apareça aí nas investigações da federal, que uma empresa cobriu outra, fraudou licitação, superfaturou alguma coisa. PODE SER. Vejam bem, na condicional.Até lá, o que rola nessas águas são suspeitas, muitas suspeitas.
De concreto ainda, nada, caros, nada que se possa provar.

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