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terça-feira, 10 de abril de 2012

O SISTEMA DE CORRUPÇÃO NO TOCANTINS


10/04/12 12h1610/04/12 12h47

Eli Borges afirma que não existem justificativas para MP que autoriza terceirização das inspeções no Detran

Damaso e Frederico defendem governo e lembram que serviço não foi terceirizado
Alessandra Sousa
Da Redação

A Medida Provisória enviada pelo Executivo à Assembleia Legislativa no dia 15 de fevereiro e aprovada pelos deputados estaduais no dia 7 de março, terceirizando o serviço de inspeção veicular no Estado, foi tema de polêmica durante sessão na manhã desta terça-feira, 10. O deputado estadual Eli Borges (PMDB) iniciou as discussões afirmando que não existia justificativa para terceirizar o serviço que é realizado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e que não teria votado em favor da MP. “As concessões tinham cheiro de corrupção e cheiro de malandragem”, disse. Jorge Frederico (PSD) afirmou que não existe terceirização. “Eles [oposição] usam os holofotes com tanta facilidade para falar coisas que não existem”, disparou.

Nas gravações interceptadas pela Polícia Federal, e divulgadas na quinta-feira, 5, pela revistaÉpoca, o ex-diretor da Delta Construções Claudio Abreu defende junto ao contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que a parceria deles com o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) não poderia representar uma ruptura com o adversário do peemedebista, o secretário estadual das Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos. Cachoeira questiona se vale a pena continuar apostando em Eduardo Siqueira. “Eduardo também é bom, Carlinhos. Não pode falar mal dele não, cara. Ele mandou dar o negócio pra nós lá: a inspeção veicular do Tocantins”, diz Abreu na conversa.

Conforme Ei, as duas concessões que autorizaram a terceirização "são uma afronta ao funcionário público do Estado e à população". “Senti cheiro de esquema. Que mania é essa do governo de terceirizar tudo?”, disse. O deputado também pediu que matérias que não tenham coerência fossem melhor estudadas antes das votações. “Essas concessões são uma afronta à decência das ações governamentais”, disparou.

Wanderlei Barbosa (PSB) também se posicionou reafirmando a coincidência entre a possibilidade da terceirização e as escutas publicadas na revista Época que, supostamente, relacionam o secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, com o contraventor Carlinhos Cachoeira. “Lamento que em nosso Estado terceirização seja moeda de troca, principalmente porque aqui a terceirização é com dispensa de licitação”, ressaltou.

Situação
O deputado estadual Jorge Frederico (PSD), após as declarações do deputado Eli Borges, defendeu o governo do Estado afirmando que não existe terceirização. “Hoje no Detran não existe nada terceirizado”, avisou. Osires Damaso (DEM) também saiu em defesa do governo afirmando, diferentemente do deputado Jorge Frederico, que existe a Medida Provisória, mas que até o momento não houve nenhuma terceirização nos serviços do Detran.

A oposição não confirmou para logo mais às 14 horas a reunião que ocorria para debater a MP da terceirização dos serviços do Detran.

Apesar da aprovação da MP, logo após a divulgação das gravações, na quinta, o secretário Eduardo Siqueira divulgou nota em que afirmou que o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) "não cogitou" a possibilidade de terceirizar o serviço de inspeção veicular.

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